O Papel da Dieta Cetogênica no Tratamento de Doenças Neurológicas.


Mais de cem anos de estudo sobre o efeito favorável das dietas cetogênicas no tratamento da epilepsia contribuíram para uma discussão duradoura sobre sua potencial influência em outras doenças neurológicas. Atualmente, observa-se um aumento significativo no número de estudos científicos nessa área. O objetivo deste artigo é uma análise ampla e completa das evidências científicas disponíveis a respeito do papel da dieta cetogênica na terapia de doenças neurológicas, como: epilepsia, doença de Alzheimer (DA), doença de Parkinson (DP), esclerose múltipla (EM) e enxaqueca. Uma ampla gama de mecanismos de ação da dieta cetogênica foi demonstrada em doenças neurológicas, incluindo, entre outros efeitos, sua influência na redução de condições inflamatórias e na quantidade de espécies reativas de oxigênio (ERO), a restauração da bainha de mielina dos neurônios, a formação e regeneração das mitocôndrias, o metabolismo neuronal, o fornecimento de uma fonte alternativa de energia para os neurônios (corpos cetônicos), a redução das concentrações de glicose e insulina, a redução das placas amiloides, a indução da autofagia, o alívio da ativação da microglia, a redução da ativação neuronal excessiva, a modulação da microbiota intestinal, a expressão de genes, a produção de dopamina e o aumento da conversão de glutamina em GABA. Os estudos discutidos (incluindo estudos controlados randomizados), conduzidos em pacientes neurológicos, enfatizaram a eficácia da dieta cetogênica no tratamento da epilepsia e demonstraram seu potencial terapêutico promissor na doença de Alzheimer (DA), doença de Parkinson (DP), esclerose múltipla (EM) e enxaqueca. Foi demonstrada frequente vantagem da dieta sobre dietas não cetogênicas (nos grupos controle) na terapia de doenças neurológicas, com segurança e viabilidade simultâneas na condução do modelo nutricional.

Fonte: https://bit.ly/3OA2141

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