Identidade alimentar e amargura entre veganos, vegetarianos e onívoros.

As dietas vegetarianas e veganas acarretam custos sociais para as pessoas que as seguem. Esses custos podem ser um risco aumentado de estigmatização e, presumivelmente, sentimentos de amargura.

Métodos: Neste estudo, investigaram pela primeira vez a associação entre sentimentos de amargura e centralidade e motivação da identidade alimentar. Motivação alimentar, centralidade do padrão alimentar para identidade (DIQ-D) e amargura (escala PTED) foram avaliados e comparados entre pessoas com padrão alimentar vegano (n = 489), vegetariano (n = 339) e onívoro (n = 319).

Resultados: O grupo vegano relatou maior amargura e percepção de discriminação do que os grupos vegetarianos e onívoros. Alta centralidade alimentar (vegana), transtorno alimentar, motivação moral, percepção de discriminação foram associados ao amargor.

Conclusões: A associação entre centralidade da dieta vegana e motivação moral com amargura é relevante para ações de educação alimentar e aconselhamento em ambientes clínicos e de saúde pública. Quando o padrão alimentar se torna relevante para a construção da identidade, isso pode vir acompanhado de problemas ao tornar a pessoa propensa à percepção discriminatória.

Este estudo de observação naturalista mostra pela primeira vez que – além dos transtornos alimentares – alta centralidade alimentar (vegana), motivação moral e percepção de discriminação estão associadas ao aumento da probabilidade de amargura. Esta possível associação deve ser mantida em mente na educação e aconselhamento dietético em ambientes clínicos e de saúde pública.

Fonte: https://bit.ly/3T7oIx1

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