Tratamento de câncer retal com a dieta carnívora: um acompanhamento de 24 meses.



Introdução: As dietas cetogênicas têm sido sugeridas repetidamente para o tratamento do câncer. No entanto, apenas alguns estudos de caso foram publicados relatando benefícios de longo prazo associados a essas dietas.

Relato de caso: Apresentaram aqui um caso em que o câncer retal foi tratado com uma dieta à base de gordura animal, à qual é referida como dieta cetogênica paleolítica. Ao iniciar a dieta, o paciente suspendeu três medicamentos que vinha tomando por causa da hipertensão e hiperuricemia. O paciente recebeu inicialmente 6 semanas de radioterapia. Depois disso, o paciente usou a dieta como terapia independente por 22,5 meses. O paciente não estava tomando nenhum medicamento ou suplemento dietético durante a dieta. Durante os primeiros cinco meses de dietoterapia, o paciente exibiu excelente aderência, paralelamente à melhora dos parâmetros laboratoriais, incluindo diminuição dos níveis de marcadores tumorais e diminuição do tamanho do tumor. O paciente esteve em cetose constante durante todo o acompanhamento. A partir do sétimo mês, entretanto, seu nível de adesão foi flutuando com períodos de pior adesão paralelamente a mudanças negativas nos parâmetros laboratoriais. Embora a ressonância magnética tenha mostrado que não houve aumento no tamanho do tumor, 22 meses após o início do diagnóstico o paciente relatou uma alteração do hábito intestinal e que as fezes com sangue haviam retornado. Diante do surgimento desses sintomas, 24 meses após o início do diagnóstico, foi realizada cirurgia retal.

Conclusão: Com o uso da dieta cetogênica paleolítica o paciente conseguiu adiar a cirurgia por dois anos. Durante os primeiros cinco meses, quando o paciente estava aderindo estritamente à dieta alimentar, o tumor regrediu. Depois disso, com a adesão à dieta incompleta, a doença parecia estável, mas os sintomas sugeriam progressão nos últimos meses de acompanhamento. Desvios das regras de dieta, mesmo aqueles que não afetam a cetose, resultaram na progressão da doença.

Fonte: https://bit.ly/3k9AaKq

*Após 6 anos o paciente continua vivo.

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