Período prolongado de "lua de mel" em um paciente com diabetes mellitus tipo 1 de início na idade adulta.

Contexto: A fase de "lua de mel" entre pessoas com diabetes mellitus tipo 1 (DM1) refere-se ao período (principalmente menos de 1 ano) em que as células beta permanecem funcionais e são capazes de produzir insulina para manter um bom controle glicêmico logo após o desenvolvimento de diabetes. Este fenômeno ainda não está totalmente compreendido. Estudos anteriores demonstraram que a ausência de cetoacidose diabética (CAD) na apresentação inicial, curta duração dos sintomas, idade avançada na apresentação e exercícios extenuantes podem ser fatores potenciais que influenciam a fase de lua de mel.

Objetivo: Descrever um caso usual de DM1 de início na idade adulta com período prolongado de lua de mel por mais de 5 anos.

Métodos: Testes repetidos de estimulação de refeição mista por um período de 6 a 12 meses, juntamente com o monitoramento de autoanticorpos pancreáticos e dados laboratoriais, foram acompanhados após o início do diagnóstico.

Resultados: Relataram um paciente tailandês de 24 anos com DMT1 com remissão sustentada sem medicação antidiabética por mais de 5 anos, mantendo a ingestão de baixo carboidrato e exercícios regulares. Testes repetidos de estimulação de refeição mista por um período de 6 a 12 meses revelaram funções de células beta preservadas. Curiosamente, autoanticorpos pancreáticos repetidos 5 anos após o diagnóstico ainda mostravam anti-GAD, anti-IA2 e anti-ZnT8 positivos.

Conclusão: A função restaurada das células beta com a retirada completa da insulina no DM1 de início recente foi relatada em muito poucos casos com alguns fatores comuns como nesse paciente (ingestão de baixo carboidrato com exercícios regulares). Atrasar a atividade autoimune reduzindo a carga metabólica no DMT1 recém-diagnosticado pode desempenhar um papel na manutenção do período de lua de mel e pode levar a uma opção terapêutica inovadora no DMT1 de início recente.

Fonte: https://bit.ly/3tmq6AE