A conexão entre taurina e síndrome metabólica.

Por Kendra Whitmire,

A taurina, um aminoácido condicionalmente essencial, é encontrado apenas em animais e em abundância em frutos do mar. A taurina desempenha um papel muito importante no metabolismo energético e pode desempenhar um papel na síndrome metabólica. Existem diferentes critérios diagnósticos para a síndrome metabólica, mas geralmente gira em torno de uma combinação de obesidade, resistência à insulina, dislipidemia e hipertensão.

Este aminoácido contendo enxofre pode ser fornecido através da dieta e é sintetizado a partir da cisteína e da metionina. Desempenha um papel no metabolismo energético (promovendo a conversão do colesterol em ácidos biliares) e na estabilização da membrana, e confere efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios. Idade, dieta, doença hepática e outras condições podem aumentar o risco de deficiência ou insuficiência de taurina, o que pode afetar negativamente a saúde. A deficiência de taurina pode contribuir para um desequilíbrio do metabolismo energético, inclusive do músculo esquelético e do tecido adiposo. A função da taurina no corpo também pode significar que ela tem uma conexão com a síndrome metabólica, especialmente a obesidade e o metabolismo da glicose.

Estudos descobriram uma associação entre os níveis de taurina e obesidade, incluindo níveis diminuídos de taurina plasmática e expressão reduzida de uma enzima envolvida na síntese de taurina. Alguns dos efeitos propostos da taurina sobre a obesidade identificados em vários estudos incluem a estimulação do gasto de energia, afetando o apetite e a saciedade e modulando o metabolismo lipídico e seus efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes. Um ensaio randomizado avaliou os benefícios da suplementação de taurina na obesidade e descobriu que os níveis plasmáticos dos participantes que eram obesos tinham 41% menos níveis plasmáticos de taurina em comparação com os controles. Aqueles que tomaram 3 g de taurina por dia durante 8 semanas experimentaram um aumento significativo na taurina e adiponectina plasmáticas e uma redução significativa na inflamação e estresse oxidativo.

A taurina também pode desempenhar um papel na síndrome metabólica, apoiando o metabolismo da glicose saudável. Em um estudo com ratos, os pesquisadores adicionaram 2% de taurina à água potável de um modelo de rato com resistência à insulina. A taurina adicionada mitigou os efeitos da dieta rica em gorduras e açúcar, levando a uma melhor sensibilidade à insulina e menor colesterol e triglicerídeos séricos em comparação com os ratos que não receberam a taurina adicional. Isso pode ter sido devido à regulação da expressão do subestado 1 do receptor de insulina (IRS1) e do transportador de glicose tipo 4 (GLUT4), que estão envolvidos na via de sinalização da insulina e no metabolismo da glicose. Os efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes da taurina também podem conferir benefícios ao metabolismo da glicose, além da ação da taurina no pâncreas para regular a secreção de insulina, glucagon e somatostatina.

A taurina desempenha um papel importante em muitas facetas envolvidas na síndrome metabólica, incluindo obesidade, dislipidemia e resistência à insulina. Consumir uma dieta com proteína suficiente que inclua fontes ricas em aminoácidos essenciais, especialmente cisteína e metionina, fornece fontes de taurina para ajudar a apoiar a composição corporal saudável e o metabolismo de glicose saudável.

Fonte: https://bit.ly/3dFguuq