Efeitos de curto prazo de uma intervenção no estilo de vida paleolítico em pacientes com câncer de mama submetidas à radioterapia.

Princípios evolutivos raramente são considerados em oncologia clínica. O objetivo aqui foi testar a viabilidade e os efeitos de uma intervenção dietética e de atividade física com base em considerações evolutivas em um ambiente oncológico.

Um total de 13 pacientes com câncer de mama encaminhados à clínica para radioterapia curativa foram recrutadas para este estudo piloto. As mulheres deveriam realizar uma intervenção de “estilo de vida paleolítico” (PL) que consistia em uma dieta paleolítica e atividades diárias ao ar livre de pelo menos 30 minutos de duração durante a radioterapia.

A composição corporal foi medida semanalmente por análise de bioimpedância. Os parâmetros sanguíneos foram avaliados antes, durante e no final da radioterapia. Um grupo de controle em uma dieta padrão não especificada (SD) foi atribuído por correspondência de escore de propensão.

Um total de onze pacientes completaram o estudo. A maioria das pacientes (64%) relatou sentir-se bem ou muito bem durante a intervenção. O grupo de intervenção experimentou uma diminuição média de 0,4 kg de peso corporal (p  <0,001) e 0,34 kg (p <0,001) de massa gorda por semana, mas a massa muscular esquelética e livre de gordura não foram significativamente afetadas.

Os níveis de vitamina D aumentaram ligeiramente de 23,8 (11–37,3) ng / ml para 25,1 (22,6–41,6) ng / ml (p  = 0,053). Os níveis de β-hidroxibutirato aumentaram significativamente e os níveis de triglicerídeos e do hormônio T3 livre foram significativamente reduzidos pela intervenção PL.

Este estudo piloto mostra que a adoção de uma intervenção PL durante a radioterapia curativa de pacientes com câncer de mama é viável e capaz de reduzir a massa gorda. A atividade diária ao ar livre pode eliminar a deficiência de vitamina D (vitamina D <20 ng / ml). Estudos futuros são necessários para confirmar esses achados.

Fonte: https://bit.ly/3mke9Hd