Os potenciais efeitos protetores da taurina na doença cardíaca coronária.
A taurina, ou ácido 2-aminoetanossulfónico é um ácido orgânico, contendo enxofre, encontrado na bílis. É um dos aminoácidos não-essenciais mais abundantes do nosso organismo, especialmente no sistema nervoso central, nos músculos esqueléticos, no coração e no cérebro, bem como nos intestinos e ossos esqueléticos.
Não exigimos taurina de nossa dieta, porque nosso corpo pode produzi-la naturalmente a partir dos aminoácidos cisteína e metionina. No entanto, apesar de sua classificação não essencial, pode haver vários benefícios pela ingestão de taurina na dieta, encontrada apenas em alimentos de origem animal.
Por exemplo, a depleção de taurina pode causar uma série de condições graves, incluindo insuficiência renal, cardiomiopatia e mau funcionamento das células beta, o que pode levar ao diabetes tipo 2. Além disso, ensaios clínicos randomizados mostram que a suplementação de taurina pode reduzir a pressão arterial e diminuir o risco cardiovascular.
Apesar do fato dos efeitos na saúde da taurina serem amplamente desconhecidos, a taurina se tornou um suplemento e ingrediente popular em bebidas energéticas nos últimos anos. Evidências de estudos mecanísticos e em animais mostraram que as principais ações biológicas da taurina incluem sua capacidade de conjugar ácidos biliares, regular a pressão arterial (PA) e atuar como um potente antioxidante e agente anti-inflamatório.
Essas ações sugerem que altos níveis de taurina podem ser protetores contra doenças cardíacas coronárias (DCC). No entanto, os dados de estudos epidemiológicos e de intervenção em humanos são limitados. Este artigo revisa o que se sabe sobre o metabolismo da taurina, seu transporte no corpo, suas fontes de alimentos e as evidências de seu efeito sobre a saúde cardiovascular in vitro, em animais e estudos epidemiológicos. A identificação da taurina como fator preventivo da DCC pode ser de grande importância para a saúde pública.
Fonte: https://bit.ly/3bIbMbc
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