Gordura saturada é destaque no mainstream.

Por Bret Scher,

A revista de cardiologia mais influente, The Journal of the American College of Cardiology (JACC), publicou um artigo do Dr. Ron Krauss, Dr. Jeff Volek, Dr. Andrew Mente e outros. Nele, os profissionais médicos pedem uma reavaliação dos "perigos" propostos de comer gordura saturada.

Isso é grande. Realmente importante.

“Laticínios integrais, carne não processada, ovos e chocolate preto são alimentos ricos em gordura saturada com uma matriz complexa que não está associada ao aumento do risco de doença cardiovascular (DCV). A totalidade das evidências disponíveis não suporta limitar ainda mais a ingestão de tais alimentos”, conclui o artigo.

Em fevereiro, escrevemos sobre um workshop com muitos dos mesmos cientistas em fevereiro. Durante este workshop, os médicos concluíram:

"Metanálises de ambos os ensaios randomizados adequadamente controlados de redução de ácidos graxos saturados e estudos observacionais não encontraram evidências significativas dos efeitos da ingestão de gordura saturada na dieta sobre doenças cardiovasculares ou mortalidade total".

Essa conclusão foi uma notícia suficientemente grande para que os principais cientistas confirmarem que a ciência não apoia as diretrizes atuais que limitam a gordura saturada na dieta. Mas, para esses cientistas irem mais longe e terem seu artigo publicado na revista mais popular, parece ser sem precedentes.

Isso poderia ser um sinal de uma mudança de maré?

A mensagem contra a gordura saturada está tão profundamente arraigada na medicina, e mais especificamente na cardiologia, que não estou muito otimista de que as crenças mudem rapidamente.

Mas artigos, como este publicado pelo JACC, são cruciais para ajudar a educar os médicos sobre as evidências, ou a falta delas, contra gorduras saturadas. Dado que os médicos foram enganados por décadas, é improvável que suas opiniões sobre o assunto mudem da noite para o dia. Mas, para o bem da ciência e da saúde das pessoas, temos que começar de algum lugar.

Como já escrevemos antes, grandes metanálises da ingestão de gordura saturada só encontram um risco mínimo aumentado de doença cardíaca, sem diferença no risco de morrer. E isso é sem nenhuma das nuances que o Dr. Krauss e colegas pedem.

Depois de introduzir as ressalvas das descobertas específicas dos alimentos, a composição do restante da dieta de uma pessoa, além de avaliar pequenas e grandes lipoproteínas de baixa densidade (LDL) (partículas que transportam lipídios por todo o corpo), você pode ver como o risco de ingestão de gordura saturada desaparece.

Esta é a mensagem que queremos transmitir a mais médicos, enfermeiros e nutricionistas. Compartilhe-os com seus médicos favoritos hoje!

Fonte: https://bit.ly/30YQtk1