Entendendo as Doenças dos Implantes Mamários, Antes e Depois do Explante.
Antecedentes: A doença do implante mamário (Breast Implant Illness BII) após o aumento estético da mama continua sendo uma síndrome mal definida que abrange um amplo espectro de sintomas. Embora as séries publicadas anteriormente tenham observado melhora sintomática geral após a remoção dos implantes mamários, faltam estudos avaliando alterações em sintomas específicos ao longo do tempo. O objetivo deste estudo foi compreender os sintomas associados ao BII e avaliar como esses sintomas mudam após a remoção dos implantes mamários e a capsulectomia total (explante). A hipótese foi de que as pacientes que apresentavam BII experimentariam melhora imediata e sustentada nos sintomas constitucionais após o explante.
Métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo de todos as pacientes submetidas a explante por um único cirurgião por mais de 2 anos. A análise de medidas repetidas de variância, que explica a dependência, foi usada para comparar os sintomas antes e após a cirurgia. Análises multivariadas e modelos de regressão linear foram usados para examinar o impacto de fatores relacionados ao paciente e ao implante nas alterações dos sintomas.
Resultados: Setecentos e cinquenta pacientes preencheram os critérios de inclusão. A pontuação média da pesquisa pré-operatória (26,19 ± 11,24) foi significativamente diferente da pontuação média da pesquisa pós-operatória em menos de 30 dias (9,49 ± 7,56) e maior que 30 dias (9,46 ± 7,82, P <0,001). Pacientes com IMC maior que 30 ou pacientes com contratura clinicamente detectável no exame mostraram maior melhora nos escores da pesquisa (P = 0,039, 0,034, respectivamente).
Conclusões: Embora a doença do implante mamário englobe uma grande variedade de sintomas, os sujeitos deste estudo demonstraram melhora significativa e sustentada em 11 domínios comuns de sintomas. Essa melhora foi demonstrada nos primeiros 30 dias de pós-operatório e foi mantida além de 30 dias. O estudo demonstrou uma forte associação de explante e melhora de sintomas específicos na população de pacientes estudada. Investigações futuras elucidarão ainda mais possíveis fenômenos biológicos para melhor caracterizar a fisiopatologia e o mecanismo da BII.
Fonte: https://bit.ly/2YVE7q9
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