Consequências reprodutivas da exposição ao fitoestrógeno no desenvolvimento
Os fitoestrógenos, compostos estrogênicos derivados de plantas, são onipresentes nas dietas de humanos e animais. A fonte mais comum de exposição a fitoestrogênios em humanos são alimentos derivados de soja que são ricos em isoflavonas, genisteína e daidzeína. Estas isoflavonas também são encontradas em níveis relativamente altos em fórmulas infantis à base de soja. Os fitoestrógenos têm sido promovidos como alternativas saudáveis aos estrogênios sintéticos e são encontrados em muitos suplementos alimentares.
Há uma evidência esmagadora em modelos animais de que a exposição ao fitoestrógeno pode ter consequências significativas para a saúde reprodutiva. Os efeitos observados dependem da dose e da via de exposição, pois esses parâmetros afetam o nível sérico final do composto bioativo. Além disso, o tempo de exposição é crítico na determinação dos efeitos fenotípicos, pois diferentes tecidos possuem janelas de sensibilidade específicas da espécie às perturbações morfológicas e funcionais. Essas janelas sensíveis geralmente começam no período pré-natal e se estendem em alguns casos até a idade adulta. À medida que mais fitoestrógenos são reconhecidos ou desenvolvidos como compostos terapêuticos, será importante examinar cuidadosamente os efeitos desses produtos químicos nos resultados reprodutivos usando modelos animais que reproduzem os níveis de exposição humana.
Apesar de suas limitações, as informações coletadas dos estudos humanos publicados combinadas com o grande número de estudos em animais já disponíveis demonstram claramente que os fitoestrogênios têm a capacidade de reprogramar permanentemente as respostas dos tecidos adultos após uma exposição ao desenvolvimento e que essas respostas teciduais são importantes para a saúde reprodutiva. Esses achados devem ser levados em consideração quando forem feitas recomendações sobre a ingestão de fitoestrogênio na dieta ou na terapêutica, tendo em mente os pontos de tempo sensíveis ao desenvolvimento.
Fonte: http://bit.ly/2MQ0Jp1
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