Polifenóis como compostos imunomoduladores no microambiente tumoral: amigos ou inimigos?
Os polifenóis são compostos antioxidantes naturais encontrados em plantas e, portanto, sempre presentes na nutrição humana (chá, vinho, chocolate, frutas e vegetais são exemplos típicos de alimentos ricos em polifenóis).
Evidências difundidas indicam que os polifenóis exercem fortes atividades antioxidantes, antiinflamatórias, antimicrobianas e anticâncer e, portanto, são geralmente considerados como nutracêuticos ou suplementos benéficos para todos os fins, cujo uso só pode ter uma influência positiva sobre o corpo.
Um olhar mais atento ao grande corpo de resultados de anos de investigações, entretanto, apresenta um cenário mais complexo onde os polifenóis exercem efeitos diferentes e, às vezes, paradoxais, dependendo da dose, do sistema alvo e do tipo celular e do estado biológico da célula alvo.
Particularmente, o potencial imunomodulador dos polifenóis apresenta duas faces opostas aos pesquisadores que tentam avaliar sua usabilidade em futuras terapias contra o câncer: por um lado, esses compostos podem ser supressores benéficos da inflamação peri-tumoral que estimula o crescimento do câncer.
Por outro lado, eles podem suprimir as abordagens imunoterapêuticas e dar origem a clones de células imunossupressoras que, por sua vez, ajudariam no crescimento e disseminação do tumor.
Nesta revisão, resumiram o conhecimento dos efeitos imunomoduladores dos polifenóis com um foco particular no microambiente do câncer e na imunoterapia, destacando as armadilhas conceituais e os delicados efeitos específicos das células, a fim de auxiliar no planejamento de futuras terapias envolvendo polifenóis como quimio-adjuvantes.
Fonte: http://bit.ly/2W8K2FO
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