Mitos da proteína, parte 2: a proteína danifica os rins?
"Acredita-se que o aumento de proteína na dieta tenha impacto na função renal. O que precisa ser reconhecido é que a tese de que a proteína dietética é causadora de doença renal não é apoiada por evidências." — Stuart Phillips, PhD
"Qualquer um que pense que a recomendação diária de proteína deve ser 0,8g/kg/dia, aparentemente, perdeu as últimas 3 décadas de progresso científico em nutrição." — Jose Antonio, PhD
Uma revisão sistemática da saúde renal em indivíduos saudáveis consumindo proteína em níveis acima da RDA dos EUA (0,8g/kg/d) determinou que "o aumento da ingestão proteica teve pouco ou nenhum efeito nos marcadores sanguíneos da função renal" e que a maior ingestão de proteína dentro da faixa de ingestão recomendada de proteína é consistente com a função renal normal em indivíduos saudáveis.
É verdade que, uma vez que a função renal de alguém já esteja substancialmente comprometida pelas coisas que realmente prejudicam os rins (como diabetes e hipertensão), pode ser um motivo para limitar a ingestão de proteínas. Mas só porque os rins danificados e mal funcionantes podem não ser capazes de lidar com uma carga proteica "normal", não significa que foi a proteína que causou o dano.
Mesmo em estudos nos quais a redução de proteína é benéfica para pessoas com doença renal, os resultados geralmente não são tão espetaculares. Na melhor das hipóteses, a restrição simplesmente retarda o declínio da função, em vez de interrompê-la ou revertê-la.
Considerando o papel inegável da glicose e insulina cronicamente elevadas no dano renal (e o papel da hiperinsulinemia como causa primária da hipertensão mesmo em não diabéticos), reduzir a ingestão de carboidratos parece uma recomendação mais prudente do que reduzir a proteína para manter a função renal saudável à longo prazo.
Fonte: https://bit.ly/2oFYm9D
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