Carne vermelha: quanto é demais?


A quantidade de carne vermelha considerada "demais" depende se acreditamos que a cautela é necessária. Se acreditamos que a carne vermelha é "prejudicial" e analisarmos apenas as evidências epidemiológicas, provavelmente devemos restringir nossa ingestão de carne vermelha. No entanto, as evidências mais confiáveis não mostram isso de forma persuasiva.

Em contraste com os achados epidemiológicos, estudos randomizados controlados consideram o consumo de carne vermelha neutro ou benéfico à saúde. Vejamos:

Em um estudo randomizado cego, 41 indivíduos com sobrepeso melhoraram múltiplos marcadores de risco cardiovascular em uma dieta ao estilo mediterrâneo, com ou sem reduções no consumo de carne vermelha. Em outras palavras; Não houve diferença entre alta e baixa ingestão de carne vermelha.

Em uma revisão sistemática de 24 ensaios clínicos randomizados, a maior categoria de consumo de carne vermelha (> 3 porções de carne vermelha por dia) não teve efeito negativo sobre os lipídios sanguíneos (colesterol) ou pressão arterial. Também aumentou os níveis de HDL, o que está associado à redução do risco cardiovascular.

Em um estudo randomizado e controlado, triplicar o consumo de carne vermelha em crianças de 12 a 20 meses não resultou em alterações no perfil de colesterol.

Uma meta-análise de 8 ensaios clínicos randomizados com 306 indivíduos descobriu que não havia diferenças significativas entre carne de boi, aves e peixe em seus efeitos sobre o perfil lipídico.

Em um estudo randomizado, controlado e de base populacional na Tailândia, não houve associação entre o consumo de carne e um teste de TIF colorretal positivo entre 1.167 participantes. A única variável associada a um teste positivo foi a idade avançada.

Por fim, importante lembrar da impressionante variedade de nutrientes que a carne vermelha fornece, algo que devemos valorizar em nossa dieta.

Fonte: https://bit.ly/2LTx6Bw

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