Uma dieta complementar à base de carne ou laticínios leva a padrões de crescimento distintos em bebês alimentados com fórmula
O estudo comparou os efeitos de dietas complementares baseadas em carne ou laticínios no crescimento de bebês alimentados com fórmula em um experimento controlado e randomizado. Foram incluídos 64 bebês saudáveis, divididos em dois grupos (carne ou laticínios) com ingestão semelhante de proteínas (~3 g/kg/dia) de 5 a 12 meses. A pesquisa visava investigar como diferentes fontes proteicas influenciam o crescimento linear e o peso.
Resultados principais:
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Crescimento linear (LAZ - z-score de comprimento para idade):
- O grupo da carne teve um aumento significativo no LAZ (+0,33), superando a média do padrão da OMS.
- O grupo dos laticínios apresentou uma diminuição no LAZ (-0,30), indicando desaceleração no crescimento linear.
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Ganho de peso (WLZ - z-score de peso para comprimento):
- No grupo dos laticínios, o WLZ aumentou significativamente (+0,76), indicando maior ganho de peso relativo ao comprimento, sugerindo risco potencial de sobrepeso.
- O grupo da carne não teve aumento significativo no WLZ, sugerindo um crescimento mais equilibrado.
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Biomarcadores (IGF-I e IGFBP3):
- Ambos aumentaram ao longo do tempo em ambos os grupos, indicando influência da ingestão proteica no crescimento.
Implicações:
- A fonte de proteína desempenha papel crucial no crescimento infantil, não apenas a quantidade. A dieta baseada em carne promoveu crescimento linear sem aumentar significativamente o risco de sobrepeso, enquanto a dieta de laticínios esteve associada a maior ganho de peso relativo.
Recomendações:
- Estudos adicionais são necessários para avaliar os impactos a longo prazo dessas diferenças de crescimento e para desenvolver orientações alimentares baseadas em evidências para crianças alimentadas com fórmula.
Essas descobertas reforçam a importância de considerar a qualidade da fonte proteica em orientações para a introdução alimentar, especialmente para otimizar o crescimento e minimizar os riscos de obesidade infantil.
Fonte: https://bit.ly/3ZlVdhk
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